O �eu�, o �Outro� e o espelho de Lacan (por exemplo: os prov�rbios)
O artigo Language use in jokes and dreams, de Marcelo Dascal, discutindo pragmaticamente o uso da linguagem, conclui, a partir do ponto de vista da Gram�tica Gerativa, de Chomsky, que socialmente esse uso � criativo, i.e., a linguagem � produzida a partir de uma estrutura profunda; j� o uso particular da linguagem (p.ex. nos sonhos), se caracterizaria pela falta dessa criatividade: a linguagem n�o se produziria a partir de uma estrutura profunda, mas sim atrav�s de transforma��es.
No entanto, esta potencialidade individual de cria��o, no sentido de dar origem a (tal qual formulada pelo gerativismo, p. ex.), torna-se dif�cil de se sustentar, pois mostra-se contradit�ria em si mesma: como ...
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como o sujeito se desvencilha dos obst�culos impostos aos seus desejos, atrav�s das escolhas que faz do material que lhe est� dispon�vel , sendo a falta de criatividade, portanto, o �assujeitamento do sujeito�, i.e., sua n�o possibilidade de escolha.
Aceitando-se o fato de que a linguagem n�o � �criada� a cada novo uso, conseq�entemente se coloca o fato de que ela, a linguagem, n�o deveria, tamb�m, se perder. Essa perman�ncia pode ser melhor vista discursivamente, nas f�rmulas: prov�rbios, piadas, slogans, leis cient�ficas, etc. O que estas f�rmulas possuiriam em comum que garantiria sua perman�ncia? E, uma vez que elas s�o fixas, de que modo seria poss�vel sustentar a possibilidade da criatividade para o sujeito na linguagem mesmo quando as utiliza?
O objetivo do presente artigo � discutir, a partir de uma vis�o social (nos moldes de Bakhtin) da linguagem, a possibilidade, mesmo a partir do uso de formas fixas da l�ngua (como os prov�rbios, por exemplo), o �n�o-assujeitamento� ...
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de um outro, de um c�digo a partir de outro, com a diferen�a de que, com rela��o aos prov�rbios, ambos os dom�nios relacionados utilizam o mesmo c�digo, ou seja, a linguagem natural .
Resumindo: talvez a principal caracter�stica respons�vel pela perman�ncia das f�rmulas na linguagem natural seja n�o s� o fato de sua generalidade referencial (Sempre filho de peixe - quem quer que seja ele - peixinho �; Sempre Ordem - o que quer que seja isso - e Progresso - o que quer que seja isso tamb�m), que as f�rmulas cient�ficas tamb�m possuem, dentro de seus dom�nios, mas principalmente o seu car�ter meta-ling��stico (ou meta-discursivo), ou seja, a possibilidade do c�digo referir a si mesmo, ...
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